Cujos braços enleiam ternura;
Trazendo no olhar o tênue mistério  do amor e da dor.
No coração réstias de esperanças.
Nos lábios sorrisos que acalantam.
Nas mãos os afagos; e ocultos na alma todos os dilemas e desejos.
Não és forte, nem  frágil, contudo faz da capacidade de amar uma única condição.
A pressa é tua veste mais perfeita.
E mesmo em dias de frios, trazes sempre o calor dos dias mornos.
Na brevidade do ser, és tão capaz de esvaziar-se de si para o amor:
sem medida,
sem espaço;
sem momento;
e sem cansaço.
Sublimada na  ininterruptível ânsia da entrega,
para só depois então esvaecer-se na indelével demência do dever cumprido.